21/01/2007

As tecnologias e a Escola…

Não é nosso propósito trazer um ensaio sobre este tema, mas iniciar uma reflexão, lançar algumas questões, desafiar quem nos lê a interagir, a expor os seus pontos de vista, as suas experiências enquanto utilizador ou não utilizador das tecnologias no processo de aprendizagem.
Numa época em que as tecnologias da informação e da comunicação são cada vez mais integradas no nosso quotidiano; são ferramentas de armazenamento, de arquivo, da memória que permitem um mais fácil e rápido acesso aos conteúdos, sem ocupar espaço (caminha-se cada vez mais para a desmaterialização dos suportes da informação e para a difusão electrónica dos conteúdos); convocam os nossos sentidos: a visão (os conteúdos disponibilizados são visualizáveis através de um interface, o ecrã), a audição (as músicas, os sons, as palavras ditas…podem ser audíveis individual ou colectivamente) o tacto (o toque no teclado, no ecrã, no joystick), algumas questões nos inquietam:
Como é que a Escola integra as TIC no processo de construção do conhecimento? Que desafios enfrenta a Escola? Que mudanças as TIC trazem para a Escola em termos de paradigma de aprendizagem? Muitas vezes a sua utilização na aula não é mais do que uma reprodução do modelo tradicional de ensino. Será uma forma de resistência ao novo, ou uma tendência natural do ser humano de utilizar o novo de acordo com os antigos paradigmas?
Vejamos uma analogia interessante que ocorreu aquando da invenção do cinema (1895). Os primeiros operadores de câmara limitaram-se a fixar o cinematógrafo (aparelho de registo, de cópia e de reprodução) num local previamente seleccionado e a colocar as pessoas a contracenar em frente, ou seja, no início do cinema, o modelo do teatro imperou, pois estes filmes filmavam o palco onde a acção se desenrolava. Até 1915, seguiu-se um período de experimentação das formas, das técnicas, de tacteamento da linguagem cinematográfica.